quinta-feira, 5 de julho de 2012

Um mundo mais racional...


...mas lá por 2038...

Maioria da população mundial se tornará

ateia em 2038, diz estudioso

A maioria da população mundial vai se tornar ateia em torno de 2038,
calculou Nigel Barber, que é um irlandês Ph.d. em biopsicologia que 
vive nos Estados Unidos, onde se dedica ao estudo das religiões.

Para chegar a essa conclusão, ele considerou que o enriquecimento
das nações e a elevação de seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), 
o que pressupõe uma justa distribuição de renda, levam as pessoas a 
superar as crenças religiosas.


Não se trata, segundo ele, de mera especulação, porque essa transição 
já ocorreu nos países de elevado padrão de vida, como a Suécia, 
Dinamarca, Bélgica, Noruega e Reino Unido. E o mesmo acontecerá 
em outros países, disse, como mostra o avanço da secularização em
várias regiões, principalmente  na Europa.

Em seu blog no Huffington Post, na seção de ciência, ele escreveu
que, na  medida em que os países elevam o IDH, as pessoas se tornam 
mais confiantes, livrando-se, assim, da expectativa de obtenção de
amparo de divindades.

“A ideia básica é que as pessoas, ao deixarem a pobreza, ficam
menos preocupadas com suas necessidades básicas e com a 
possibilidade de morrerem precocemente em consequência da
violência ou da doença”, escreveu.

“Em outras palavras, elas se sentem mais seguras de sua
existência e não precisam recorrer a entidades sobrena
turais para acalmar seus medos e inseguranças.”

Barber foi contestado no mesmo site pelo rabino Eric H.
Yoffie, da corrente reformista do judaísmo. Ele argumen
tou que a força da fé está crescendo na maioria dos países, 
inclusive nos países mais ricos, como os Estados Unidos.

Para o rabino, a previsão de que o ateísmo vai superar
as religiões decorre das limitações de Barber, que, por 
ser ateu, não consegue entender que a vivência
religiosa não é resultado da pobreza e privação.

Yoffier afirmou que os estudos de Barber são tenden
ciosos e carecem de humildade e imaginação, porque
consideram a religião apenas como um “fator inci
dental na história”, recusando-se a admitir a importância que
ela teve e tem para a humanidade. “A religião é importante 
e é dinâmica, muito viva.”

Barber, em seu artigo, disse que a “hipótese da segurança 
existencial” [as pessoas se tornam menos religiosas quando 
melhoram de padrão de vida] está comprovada por diversos 
estudos, como o "Sociedade sem Deus", do sociólogo Phil 
Zuckerman.

Nos cálculos de Barber, a renda média per capita que mar
cará a transição da maioria da população mundial para o 
ateísmo será perto de US$ 30.000, contra a média atual 
de US$ 10.855. (No Brasil, o valor é de US$ 8.020, abaixo, 
portanto, da média mundial).

Barber estimou não ser difícil para a maioria dos países
obter uma renda per capita naquele patamar. Basta, 
segundo ele, o PIB (Produto Interno Bruto) mundial 
crescer na média de 3,33% ao ano, que foi o cresci
mento registrado nos últimos 30 anos, de acordo 
com o Fundo Monetário Internacional.

Texto extraído do blog do Paulo Lopes.

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