sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Tucanos voltam a comandar agressões e arbitrariedades contra sindicalistas.

LEI N. 7.783, DE 28 DE JUNHO DE 1989

O Presidente da República:

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Artigo 1º - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

Parágrafo único - O direito de greve será exercido na forma estabelecida nesta Lei.

Artigo 2º - Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador

Essa lei nunca foi respeitada pelos tucanos. O presidenciável tucano José Serra é especialista em dissolver piquetes a cacetetes. Sua correligionária, Yeda Rorato Crussius, governadora do Rio Grande do Sul aprendeu bem a lição (deve haver algum manual tucano de como reagir à greves, desrespeitando um direito constitucional dos trabalhadores), e a exemplo de outras situações em que sua polícia agiu de forma truculenta e desproporcional, em algumas situações até mesmo causando a morte de manifestantes, prendeu sem motivos dirigentes do Sindibancários e impediu um repórter fotográfico de fazer seu trabalho.
Os detalhes estão no texto abaixo, extraído do blog RS Urgente, de Marco Aurélio Weissheimer:
 
Sindicato denuncia truculência da Brigada contra jornalista

Mais um episódio de truculência envolvendo a Brigada Militar no Rio Grande do Sul, uma prática que se tornou uma marca da instituição durante o governo autoritário de Yeda Crusius (PSDB). O fotógrafo Eduardo Seidl foi impedido de realizar seu trabalho nesta sexta-feira (1°) Eduardo estava fazendo a cobertura da greve dos bancários para o SindBancários, quando foi abordado pela polícia, ameaçado e obrigado a deletar fotos de um dos cartões de memória de sua máquina.

O primeiro episódio ocorreu na agência Navegantes do banco Santander. Um advogado da instituição apareceu no local com um interdito proibitório em mãos, coagindo os trabalhadores paralisados e ameaçando o direito de greve – assegurado pela Constituição. O advogado acionou a Brigada Militar, que agiu de forma truculenta. O diretor do SindBancários, Everton Gimenis, foi detido por mais de uma hora e algemado, mesmo sem apresentar resistência a ação da polícia.

O segundo caso presenciado por Seidl foi na agência do Itaú Unibanco, localizado na rua dos Andradas. Após imobilizar um dirigente, um PM tentou impedir com a mão o registro dos fatos.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul condena a atitude e lamenta que tais fatos ainda ocorram em plena vigência do Estado Democrático de Direito. A direção quer também um esclarecimento público da Secretaria de Segurança Pública no que diz respeito ao direito do trabalho jornalístico, que em momento algum pode ser impedido ou cerceado, ainda mais quando é realizado em um local público. As informações são do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS.

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