sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pedra cantada

Tentaram dizer que foi um mal súbito (causado por disparo de arma de grosso calibre, à queima roupa e pelas costas, mas um mal súbito), tentaram ogar a culpa no MST, só faltou culpar algum mordomo (mas está meio fora de moda), mas como já havia dito o ex-ouvidor agrário do Governo Yeda, acabariam jogando a culpa em cima de algum soldado, e esse pagaria "a conta" sozinho. Sabe o que os espertos-tucano-guascas fizeram? Puseram a culpa no soldado.

Para ouvir a entrevista em que Adão Paiani afirma que o assassino de Elton seria um alto oficial da brigada, e que a culpa seria creditada a um soldado, clique aqui.

O texto abaixo foi extraído do blog RS URGENTE:

A morte de Elton: nomes, silêncios e ausências

A divulgação do nome do soldado Alexandre Curto dos Santos - pelos jornalistas Carlos Wagner e Cid Martins (Zero Hora e Rádio Gaúcha, respectivamente) – como o autor do disparou que matou o sem terra Elton Brum da Silva, dia 21 de agosto, em São Gabriel, expôs a estratégia do comando da Brigada Militar de manter sigilo no caso. Quando convocou uma entrevista coletiva para anunciar que tinha identificado o autor do disparo, o comando da BM disse que tinha imagens que comprovariam o momento e a autoria do tiro. Essas imagens, porém, nunca foram mostradas. Ainda segundo a Brigada, o soldado Alexandre teria confessado o crime. Confissão que teria ocorrido de madrugada, sem a presença de um advogado. Contatado hoje por Cid Martins, o soldado, que estaria muito abatido psicologicamente, disse que não poderia falar por determinação de seus superiores.

Há uma outra versão, já exposta aqui neste blog por Adão Paiani, ex-ouvidor da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Paiani tem informações de que o autor do disparo teria sido, na verdade, um alto oficial. Nos dias seguintes ao assassinato de Elton, ele advertiu para a possibilidade de que um soldado fosse apontado como o autor. Essa possibilidade passaria, entre outras coisas, por uma promessa de que “não vai dar nada”. O problema para o acusado, nesta hipótese, é que a possibilidade do “não vai dar nada” não é garantida. Há duas investigações em curso: uma no âmbito da Brigada e outra no da Polícia Civil. Se a acusação final for de homicídio culposo, o julgamento se daria na Justiça Militar. Mas se for de homicídio doloso (com intenção), o caso seria julgado pelo Tribunal do Júri de São Gabriel. A divulgação do nome do soldado, hoje, movimenta esse tabuleiro marcado até aqui por silêncios e ausências.

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