quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Momento histórico

Zelaya na Embaixada brasileira: "Cambiamos de banda"
O Brasil muda a sua posição, no que se refere à quem apoia, em um golpe de estado.
Chile, 1973: navios da marinha de guerra brasileira aguardavam, junto aos chilenos, pelas ordens dos golpístas, caso houvesse resistência à tomada do poder pelo exército, setores da burguesia e forças capitalistas internacionais.
Na embaixada do Brasil, golpistas concentravam-se antes do "movimento", e a ditadura que se estabaleceu, recebeu apoio irrestrito da ditadura brasileira, inclusive na perseguição, prisão, tortura e execução de militantes de esquerda.
Hoje a história é diferente.
Outro país, outro presidente deposto, outro golpe de estado, outra vez militares aliados aos setores descontentes com as transformações sociais, e com a passagem do poder para as "mãos da gentalha". Toques de recolher, censura, perseguições, prisões arbitrárias e assassinatos.
Basicamente o mesmo modus-operandi.
A posição do governo brasileiro? Não reconhece o pseudo-governo interino, mantém conversações com a única autoridade reconhecida do país (o presidente eleito e deposto por quartelada), providencia seu abrigo em solo brasileiro e faz a defesa de seu retorno à presidência, frente aos organismos internacionais. Como nunca "antes na história desse país", havia sido feito.
A decisão brasileria não poderia ser mais correta. O presidente legítimo, deposto por um golpe, refugiado dentro de seu próprio país, ameaçado de prisão, exílio e até de morte, pelo pseudo-governo, duramente criticado pelos organismos internacionais e que não é reconhecido nem pelos Estados Unidos, histórico apoiador de golpes e ditaduras de direita na América Latina.
Os golpistas reagiram e iniciaram ataques, como a suspensão dos serviços básicos (água, energia, telefones) e o cerco a essa por soldados e tanques de guerra. Se eles fizerem algo mais, podemos retaliar.
O presidente eleito está de volta ao país, com o apoio do Governo Brasileiro. Esse ato, por si só, pode ser decisivo para o destino do país caribenho, para seu povo, ao mesmo tempo em que inaugura-se um novo paradigma na atuação, cada vez mais respeitada mundialmente, da dilpomacia brasileira.

Em tempo: Somente os vendilhões da pátria para discordar da ação brasileira, como pode ser visto aqui.

Um comentário:

Gui disse...

Nada disso tem importância, pra nossa nobreza que ainda nutre a triste mania de inferioridade. E que se acostumou desde de sua gênese a idolatrar os países do norte e não agir. Mas acompanho com orgulho, o novo paradigma posto em prática pelo grande Amorim, desde a Bolívia a Honduras. Abraços.