quarta-feira, 24 de junho de 2009

Corporatocracia 2.

Maximizar os lucros, sem se importar com as consequências ambientais e sociais. Eis a corporatocracia.

Seu modo de operar é simples:

Primeiro, A idéia de democracia venceu o debate ético e moral. Não se pode mais falar em governar sem flertar com a idéia de democracia. Mas ainda dá pra aproveitar dessa idéia, e casar com ela, alguma noções benéficas "ao rei". Por exemplo: Em um Estado livre e democrático, a propriedade privada deve ser a base do sistema econômico, um "direito sagrado" e incontestável. A liberdade individual é "A Liberdade". Todos devem ser livres para consumir o que quiserem, a seu bel prazer. Imprensa livre significa livre de fiscalização do Estado e da iniciativa popular, para falar livremente, promovendo a quem quiser, e destruindo a quem quiser. "Quanto mais Estado menos liberdade"...

Assim o Estado Democrático, torna-se, basicamente, o advogado das corporações, que, não tendo barreiras (legais, ambientais, sociais ou governamentais), expandem-se livremente, potencializam seus lucros e voltam parte deles para a compra do resto do Estado, de leis, da "mídia livre", e, óbviamente, da "opinião pública".


Esses conceitos são empurrados goela abaixo por programas de opinião política travestidos de telejornais, reforçados pela manifestação insuspeita dos artistas da novela, dos políticos que mais falam em moral e civismo, família e liberdade (cuidado com esses conceitos, são aparentemente inocentes mas já serviram de pretexto à uma ditadura), repetidos pela "imprensa escrita diária" e pela semanal, entre uma página comercial e outra, e por uma rede enorme, de papagaios, bem remunerados, das corporações.


Assim formam-se verdades absolutas, à prova de debate. "O Mundo Real".

Abaixo a segunda parte da entrevista de John Perkins, trecho do filme "Zeitgeist Addendum", de Peter Joseph:

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