sábado, 14 de fevereiro de 2009

"Empresas têm caixa cheio e não precisam demitir", diz Lula.

Da página do Último Segundo, do IG:

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que os empresários exageraram nas demissões após o início da crise financeira. Ele argumentou que as empresas estão capitalizadas e por isso poderiam evitar o corte de pessoal. "Eu acho que exageraram nas demissões e disse isso na reunião com os empresários. Disse para a indústria automobilística. Quase todas as empresas brasileiras estão muito capitalizadas", disse Lula a jornalistas, em visita a um projeto de cultivo de peixes em Recife.

A indústria paulista fechou 32,5 mil vagas em janeiro, indicando queda de 1,86% em relação a dezembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nos últimos 12 meses, o emprego industrial no Estado registra recuo de 2,22%, com o fechamento de 54,5 mil postos de trabalho.

"Todos ganharam muito dinheiro no ano de 2008, então não era possível que, no primeiro mês depois da quebra dos bancos americanos, mandassem trabalhadores embora", declarou Lula, segundo gravação disponibilizada pela assessoria de comunicação da Presidência

Ele relatou que falou pessoalmente com o presidente da Vale e disse a ele que considerava um absurdo as demissões na companhia. "A Vale tem muito dinheiro em caixa, ganhou muito dinheiro. Ora, é exatamente nesses momentos de dificuldade que os empresários também precisam cumprir com a sua parte", cobrou.

A mineradora demitiu 1.300 funcionários no final do ano passado alegando retração da demanda mundial.

Para Lula, alguns setores da economia brecaram muito rápido a produção, ao invés de realizar uma paralisação paulatina.

Nota do blogueiro: O presidente tem toda a razão. Só a Vale, citada em sua fala, demitiu mais de 1300 trabalhadores e em seguida, anunciou pesados investimentos em logística e transportes (esse blog divulgou a operação no mês de janeiro). Há um claro movimento demissionário, sem que o capital, acumulado por essas empresas, não só em 2008, mas nos anos anteriores, tenha sido atingido, como demonstra a Vale.

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