domingo, 27 de julho de 2008

Do Blog do Raul Pont


Yeda, a militante anti-piso

A governadora Yeda Crusius não passa uma semana sem surpreender...negativamente. Agora, ela se apresenta como a líder de um movimento contra (pasmem) o piso nacional do magistério, sancionado na semana passada pelo presidente Lula, comemorado por professores de todo o País e apontado por especialistas como fator determinante para a melhoria da qualidade do ensino público no Brasil.

Junto com outros seis governadores, Yeda está disposta a ir até o Supremo Tribunal Federal para soterrar o piso de R$ 950,00 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Se conseguir, entrará para a história por destruir uma conquista tão importante para os professores brasileiros quanto foi a instituição do salário mínimo para a classe trabalhadora na década de 40.

As preocupações legalistas da governadora escondem, na verdade, o temor do tucanato gaúcho de que a recuperação da dignidade salarial do magistério comprometa o ajuste fiscal em curso no Rio Grande do Sul. A educação, aliás, foi o setor que mais sofreu as conquências da máxima “fazer mais com menos”, repetida à exautão pela governadora. A execução orçamentária de 2007 mostra que a rede estadual de ensino amargou cortes de de custeio na ordem de 50%.

Uma rápida olhada na tabela de vencimentos do magistério público estadual (http://www.cpers.com.br/portal2/indicadores/magisteriomar07.pdf' ) é suficiente para levar a discussão do campo da constitucionalidade, proposto pela governadora, para o da moralidade.

Texto extraído do blog do Deputado Estadual Raul Pont

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